Radiologia Odontológica e suas aplicabilidades na Periodontia

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A doença periodontal é uma infecção bacteriana crônica causada por microrganismos gram-negativos anaeróbicos presentes no biofilme aderido aos dentes. A doença periodontal, de forma lenta, vai progressivamente destruindo o osso alveolar e é, em grande parte, irreversível.

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As técnicas radiográficas intra orais – especialmente a técnica interproximal – permitem a observação da relação entre a altura (aproximada) da crista óssea alveolar com a junção amelocementária, uma das razões pelas quais os exames radiográficos são importantes ferramentas auxiliares no diagnóstico de periodontopatias.

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Paciente do gênero masculino, 29 anos. Radiografia interproximal da região de molares, lado direito. Há discreta reabsorção óssea na região do dente 46.

 

 

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Paciente do gênero feminino, 56 anos. Radiografias interproximais da região de pré-molares e molares, lado direito. Observamos que, pela idade da paciente, a inserção óssea pode ser considerada excelente, pois há discreta reabsorção óssea nas regiões radiografadas.

 

 

Apesar das técnicas radiográficas intra orais mostrarem, com riqueza de detalhes,  informações importantes ao clínico, devemos lembrar que as radiografias periapicais e interproximais, por exemplo, fornecem a projeção de uma imagem bidimensional (altura e largura) de um corpo tridimensional (que possui altura, largura e profundidade).Em outras palavras, as radiografias periapicais e interproximais permitem apenas a observação no sentido mésio-distal das estruturas dentais. As tábuas ósseas vestibular e lingual/ palatal, não podem ser observadas por meio deste tipo de técnica.

A Tomografia Computadorizada Cone Beam permite a observação tridimensional de todas as estruturas que compõem um órgão dental e seu respectivo alvéolo: a superfície perirradicular e o tecido ósseo adjacente, e a junção amelocementária e sua relação com as corticais/tábuas vestibular e lingual (ou palatal) em tamanho real. A Tomografia Computadorizada Cone Beam também pode ser útil para o estudo das regiões periimplantares

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Paciente do gênero feminino, 22 anos. Avaliação da inserção óssea do incisivo central inferior direito (dente 41). Há reabsorção de praticamente toda extensão das corticais vestibular e lingual do processo alveolar correspondente, com hipodensidade (L) envolvendo a região periapical, o que caracteriza comprometimento endo-periodontal.

 

 

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Paciente do gênero feminino, 34 anos. Estudo periodontal da região anterior da maxila, com medidas da distância entre a inserção óssea e a junção amelocementária. A inserção óssea acontece ao início do terço médio das raízes.

 

 

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Paciente do gênero feminino, 34 anos. Estudo periodontal da região posterior direita da maxila, com medidas da distância entre a inserção óssea e a junção amelocementária. Verificamos reabsorção óssea mais evidente à região dos dentes molares.

 

 

7Paciente do gênero masculino, 61 anos. Cortes tomográficos de  implantes instalados nas regiões correspondentes aos dentes 47 e 46; verificamos imagem hipodensa periimplantar, compatível com rarefação óssea (periimplantite); parte do teto do canal da mandíbula não pode ser observado.

Paciente do gênero masculino, 61 anos. Cortes tomográficos de  implantes instalados nas regiões correspondentes aos dentes 47 e 46; verificamos imagem hipodensa periimplantar, compatível com rarefação óssea (periimplantite); parte do teto do canal da mandíbula não pode ser observado.
Paciente do gênero masculino, 61 anos. Cortes tomográficos de implantes instalados nas regiões correspondentes aos dentes 47 e 46; verificamos imagem hipodensa periimplantar, compatível com rarefação óssea (periimplantite); parte do teto do canal da mandíbula não pode ser observado.
Paciente do gênero feminino, 32 anos. Estudo para a região periimplantar vestibular, do implante instalado na região correspondente ao dente 21. Parte da cortical vestibular não é observada – correspondente ao terço médio do implante – sugerindo fenestração.
Paciente do gênero feminino, 32 anos. Estudo para a região periimplantar vestibular, do implante instalado na região correspondente ao dente 21. Parte da cortical vestibular não é observada – correspondente ao terço médio do implante – sugerindo fenestração.