Cisto do Canal Nasopalatino – Relações com reparos anatômicos e características imaginológicas – XXII

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Na região mais anterior do assoalho da cavidade nasal, os canais incisivos unem-se, tendo seu trajeto pelo canal nasopalatino até desembocar no forame incisivo; o forame incisivo localiza-se na face palatina ou bucal da pré-maxila, em região de linha média, posteriormente aos incisivos centrais inferiores.1

Vista superior da região anterior da maxila:

1) Assoalho da cavidade nasal – Face nasal da região incisiva

2) Osso Vomer (parte inferior)

3) Canais Incisivos

4) Canal nasolacrimal

5) Processo frontal da maxila

6) Espinha nasal anterior

 

Fonte: Atlas de Anatomia para Implantodontia (2ª ed), Gaudy JF. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014.

 

2

Corte Sagital da região anterior da maxila

1) Espinha nasal anterior

2 ) Cortical vestibular

3) Canal incisivo

4) Cavidade nasal direita

5) Processo palatino da maxila

 

Fonte: Atlas de Anatomia para Implantodontia (2ª ed), Gaudy JF. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014.

 

O Cisto do canal nasopalatino, também conhecido como cisto do canal incisivo, é o cisto não odontogênico mais frequente. Acredita-se que sua origem se dá pelos resíduos do epitélio embrionário do ducto nasopalatino.

 

Clinicamente, o sintoma mais comum é a tumefação na região da papila incisiva; por meio dos exames radiográficos (radiografias intra e extrabucais e tomografias), observa-se aumento de volume do forame incisivo bem como do trajeto do canal incisivo. Em lesões mais extensas, há relação de contato com as raízes dos dentes incisivos centrais (estes com vitalidade), e por vezes, pode haver aumento de volume das corticais vestibular e/ou palatal, assim como do assoalho da cavidade nasal.

Imagem radiolúcida de limites definidos e corticalizados em região de linha média da maxila – superiormente aos ápices dos dentes incisivos centrais superiores – Cisto do Canal Nasopalatino
Imagem radiolúcida de limites definidos e corticalizados em região de linha média da maxila – superiormente aos ápices dos dentes incisivos centrais superiores – Cisto do Canal Nasopalatino

 

Imagem hipodensa, unilocular, de limites definidos e corticalizados, em região de linha média da maxila (setas), com rompimento da cortical palatal, mantendo contato com o assoalho da cavidade nasal – Cisto do Canal Nasopalatino.
Imagem hipodensa, unilocular, de limites definidos e corticalizados, em região de linha média da maxila (setas), com rompimento da cortical palatal, mantendo contato com o assoalho da cavidade nasal – Cisto do Canal Nasopalatino.

 

Imagem hipodensa, unilocular, de limites definidos e corticalizados, em região de linha média da maxila (setas), com rompimento das corticais palatal e do assoalho da cavidade nasal; notar comprometimento da região perimplantar correspondente ao implante instalado na região do dente 21 – Cisto do Canal Nasopalatino.
Imagem hipodensa, unilocular, de limites definidos e corticalizados, em região de linha média da maxila (setas), com rompimento das corticais palatal e do assoalho da cavidade nasal; notar comprometimento da região perimplantar correspondente ao implante instalado na região do dente 21 – Cisto do Canal Nasopalatino.

 

Referências Bibliográficas

-Capella LRC, Simoes AYR, Oliveira RJ in: Cabeça e Pescoço. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Capítulo 7 (Complexo Maxilomandibular e Lesões Odontogênicas). Pags. 343-382

Al-Shamiri HMElfaki SAl-Maweri SAAlaizari NATarakji B. Development of Nasopalatine Duct Cyst in Relation to Dental Implant Placement. N Am J Med Sci. 2016 Jan;8(1):13-6. doi: 10.4103/1947-2714.175187.

Gaudy JF, Cannas B, Gillot L, Gorge T. Atlas de Anatomia para Implantodontia, 2ªed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2014.

Papaiz EG; Capella LRC, Oliveira RJ. Atlas de Tomografia Computadorizada por Feixe Conico para o Cirurgião-dentista. São Paulo: Editora Santos, 2011. Capitulo 7 (Lesões Maxilomandibulares – Cistos) p. 79-104.

– Shear M; Speight PM. Cistos da Região Bucomaxilofacial. São Paulo: Santos, 2011. Capítulo 9 (Cisto do Ducto Nasopalatino) p.108-118.

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