DICAS DE PRÓTESE LABORATORIAL – XX

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Digital smile design: uma ferramenta para planejamento e comunicação
em odontologia estética

CoaChman, Christian
Cirurgião-dentista, técnico em Prótese dentária e desenvolvedor do DSD

 

Por que é importante?

O objetivo de todo tratamento estético dental deve ser o de criar um design que se integre com as necessidades funcionais, estéticas e emocionais do paciente.

Técnicas e materiais modernos podem ser inúteis se o resultado final não atingir as expectativas estéticas do paciente.

Por esse motivo, a equipe interdisciplinar deve munir-se de todas as ferramentas possíveis para melhorar a visualização dos problemas estéticos, criar possíveis soluções, apresentar essas soluções de forma eficaz para o paciente e guiar com precisão os procedimentos clínicos e laboratoriais para atingir resultados previsíveis. A utilização de ferramentas digitais para aprimorar e facilitar o trabalho em equipe e a comunicação com o paciente passa a ser fundamental. A chave do sucesso é a comunicação visual! Como sabemos, “uma imagem vale por mil palavras”.

O protocolo DSD proposto irá melhorar:

  • o diagnóstico estético;
  • a comunicação interdisciplinar;
  • a análise estética crítica durante e/ou pós-tratamento e a reavaliação; e
  • a relação dentista-paciente, o gerenciamento de expectativas, educação, motivação, ferramenta de marketing, fechamento de tratamento.

Do que se trata?

Colocação de linhas e desenhos digitais sobre fotos de face e intraorais do paciente, seguindo uma sequência específica para melhor avaliar a relação estética entre dentes, gengiva, sorriso e face, permitindo ao dentista e ao paciente um melhor entendimento dos problemas e a criação de possíveis soluções.

 

O que é necessário?

A técnica é simples e não exige equipamentos ou softwares especiais. Fotografias digitais básicas, específicas para o DSD, podem ser feitas com equipamentos simples. Até mesmo um iPhone, da Apple, pode ser utilizado para isso. Um vídeo rápido da face do paciente também é importante para melhorar e complementar a análise fotográfica e potencializar o resultado do protocolo DSD.

As fotos serão trabalhadas no computador usando-se um software simples de apresentação de slides. Tanto o PowerPoint 2012 quanto o Keynote ‘09 podem ser usados.

 

Como fazer?

Três fotos são necessárias: foto de face com sorriso amplo e dentes entreabertos; foto de face em repouso; e foto intraoral do arco superior.

Sequência DSD em 10 etapas:

  1. Cruz: 2 linhas são colocadas no centro do slide formando uma cruz(fig.A). A foto facial é colocada atrás das linhas.
  2. Arco Facial Digital: a foto facial é movimentada atrás das linhas até que uma posição esteticamente harmônica seja atingida (fig.B).
  3. Análise do Sorriso: a cruz é transferida para a região do sorriso, permitindo uma análise comparativa entre dentes e face (fig. C).
  4. Simulação Dental: simulações podem ser feitas para melhorar o entendimento da posição / proporção ideal dos incisivos (fig. D).
  5. Transferência da cruz para a Imagem Intraoral: 3 linhas são utilizadas para transferir as linhas faciais para a foto intraoral e calibrá-la. Isso permitirá uma análise dentogengival efetiva em relação à face (fig. E-F).
  6. Proporção Dental: medir a relação largura-altura dental no slide é muito simples e permite uma análise da proporção atual e uma comparação com a proporção ideal (fig. G-H).
Software de apresentação de slide (Keynote, iWork, Apple) com a “cruz” no cento do slide(A). Foto facial em sua posição de harmonia em relação à cruz(B). Transferindo a cruz para o sorriso (C). Simulação dental básica(D). As três linhas de transferência para calibragem da foto intraoral(E). Foto intraoral calibrada(F)
Software de apresentação de slide (Keynote, iWork, Apple) com a “cruz” no cento do slide(A). Foto facial em sua posição de harmonia em relação à cruz(B). Transferindo a cruz para o sorriso (C). Simulação dental básica(D). As três linhas de transferência para calibragem da foto intraoral(E). Foto intraoral calibrada(F)

 

 

 

 

Foto intraoral em relação à cruz facial e com a análise de proporção dental (G). Colocação de um retângulo com proporção ideal (80{2c06b44a5821e3e88dccec8949716f012ab2ba8738cc7f90a1c8185fad37a756}) (H). Desenho dental efetuado, guiado pela cruz facial e pelo retângulo de proporção ideal (I). Desenho dental mostrando a relação pré-operatória com o design ideal (J). Outros desenhos podem ser efetuados para melhorar o entendimento estético e a comunicação (K). Medindo o comprimento do incisivo central no modelo. Essa medida será transferida para o computador para a calibragem da régua digital (L). Calibragem da régua digital (M). Utilização da régua digital para medir as discrepâncias entre o estado atual e o ideal (N). Transferência da cruz do computador para o modelo utilizando a régua digital e um paquímetro (O-Q). Confecção do enceramento de diagnóstico guiado pela cruz, desenhada no modelo, e pelas demais medidas provenientes do DSD (R).
Foto intraoral em relação à cruz facial e com a análise de proporção dental (G). Colocação de um retângulo com proporção ideal (80{2c06b44a5821e3e88dccec8949716f012ab2ba8738cc7f90a1c8185fad37a756}) (H). Desenho dental efetuado, guiado pela cruz facial e pelo retângulo de proporção ideal (I). Desenho dental mostrando a relação pré-operatória com o design ideal (J). Outros desenhos podem ser efetuados para melhorar o entendimento estético e a comunicação (K). Medindo o comprimento do incisivo central no modelo. Essa medida será transferida para o computador para a calibragem da régua digital (L). Calibragem da régua digital (M). Utilização da régua digital para medir as discrepâncias entre o estado atual e o ideal (N). Transferência da cruz do computador para o modelo utilizando a régua digital e um paquímetro (O-Q). Confecção do enceramento de diagnóstico guiado pela cruz, desenhada no modelo, e pelas demais medidas provenientes do DSD (R).

 

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  1. Desenho Dental: o contorno dental pode ser inserido, podendo ser copiado de uma biblioteca de formas dentais para agilizar o processo (fig. I-J).

A partir desse momento, todos os desenhos deverão ser feitos de acordo com aquilo que queremos visualizar e/ou comunicar, não havendo uma regra, mas sim uma análise individualizada de cada caso.

  1. Avaliação Estética Dentogengival: com a cruz facial, os desenhos sobrepostos e a foto intraoral, a visualização de problemas estéticos fica simplificada (fig. K).
  2. Régua Digital: a régua digital pode ser calibrada sobre a foto, de forma a permitir a medição das relações importantes evidenciadas pelos desenhos (fig. I-N).
  3. Transferência da Cruz para o Modelo: utilizando a régua digital e um paquímetro, podemos transferir a cruz facial para o modelo, guiando o enceramento de diagnóstico de forma a evitar problemas de desvio da linha média e inclinação do plano oclusal (fig. O-R).

 

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7. Desenho Dental: o contorno dental pode ser inserido, podendo ser copiado de uma biblioteca de formas dentais para agilizar o processo (fig. I-J). A partir desse momento, todos os desenhos deverão ser feitos de acordo com aquilo que queremos visualizar e/ou comunicar, não havendo uma regra, mas sim uma análise individualizada de cada caso. 8. Avaliação Estética Dentogengival: com a cruz facial, os desenhos sobrepostos e a foto intraoral, a visualização de problemas estéticos fica simplificada (fig. K). 9. Régua Digital: a régua digital pode ser calibrada sobre a foto, de forma a permitir a medição das relações importantes evidenciadas pelos desenhos (fig. I-N). 10. Transferência da Cruz para o Modelo: utilizando a régua digital e um paquímetro, podemos transferir a cruz facial para o modelo, guiando o enceramento de diagnóstico de forma a evitar problemas de desvio da linha média e inclinação do plano oclusal (fig. O-R).

 

O enceramento de diagnóstico estético guiado será uma importante referência para todos os procedimentos cirúrgicos, ortodônticos e restauradores. Vários guias podem ser produzidos sobre esse enceramento para controlar esses passos.

O próximo passo para avaliar a precisão do DSD e do enceramento de diagnóstico é criar um teste intraoral através de um “mock-up” feito com Bis-Acril e uma muralha de silicone (fig.S).

Após avaliação estética final e aprovação do paciente, o tratamento pode seguir de forma controlada e previsível (fig. T-X)

 

 

Considerações finais

O DSD é uma ferramenta multiuso que pode auxiliar o time restaurador mediante o tratamento, melhorando o entendimento dos problemas estéticos e aumentando a aceitação do tratamento pelo paciente. A colocação de linhas de referência e desenhos sobre as fotos facial e intraoral amplia a visão diagnóstica e ajuda a avaliar as limitações, fatores de risco e princípios estéticos. Esses dados críticos irão guiar o tratamento em todas as suas fases, garantindo melhores resultados.

 

referencias