A displasia cemento óssea periapical (DCOP), uma lesão fibro óssea, é caracterizada pela gradativa substituição do tecido ósseo sadio por tecido fibroso – trata-se de uma condição idiopática. A DCOP possui origem no ligamento periodontal, e desta maneira, pode acometer tanto maxila quanto mandíbula, quer de forma isolada, quer em um grupo de elementos dentais.
De maneira geral, como as lesões fibro ósseas vão progressivamente provocando a substituição do tecido ósseo, radiograficamente estas patologias apresentarão características diferentes de acordo com sua maturação, isto é, com a sua idade. Significa que lesões mais recentes apresentam aspecto imaginológico predominantemente radiolúcido/hipodenso; lesões em um estágio intermediário terão aspecto de densidade mista (radiopaco e radilúcido/hiperdenso e hipodenso); e finalmente, lesões antigas apresentam-se predominantemente radiopacas/hiperdensas.
A DCOP é autolimitante, ou seja, este tipo de lesão, quando alcança seu estágio final de maturação não provocará aumento de volume expressivo de osso cortical. Os dentes associados à DCOP respondem positivamente ao teste de vitalidade pulpar.
Autores classificam a DCOP em três fases:
Fase 1ª – Osteolítica – Num primeiro momento, existe a lise óssea. Sua característica radiográfica é predominantemente radiolúcida. É radiograficamente idêntica a uma rarefação óssea periapical oriunda de um processo inflamatório. O que difere, clinicamente, a DPOC de uma rarefação óssea periapical é que nesta última, o elemento dental acometido não apresenta vitalidade pulpar.
Fase 2ª – Cementoblástica – Estágio intermediário representado pela densidade mista. Mostra que o tecido ósseo, no momento da aquisição radiográfica/tomográfica está sendo substituído de forma contínua por tecido fibroso
Fase 3ª – Maturação – Estágio final, que representa o ápice da aposição de tecido fibroso, na região periapical. Vê-se imagem predominamente radiopaca (hiperdenso), envolta por halo radiolúcido (hipodenso) – toda extensão da raiz pode ser observada.
Referências Bibliográficas
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