Estudo radiográfico das lesões dos seios maxilares – (Parte 2) – XXXVII

postado em: Editorial | 0

As desordens que podem ocorrer nos seios maxilares podem ser classificadas de acordo com sua natureza: Congenita, inflamatória, tumoral, traumática, óssea e odontogênica. Ainda, dentro destas desordens, existe a comunicação buco sinusal.

 

*CONGÊNITA (aplasia ou hipoplasia)

 

Alteração da morfologia do seio maxilar esquerdo (comparativamente ao lado oposto), com dimensões reduzidas, sugerindo hipoplasia.

 

*INFLAMATÓRIA (espessamento da mucosa, polipose sinusal, cisto mucoso de retenção)

Imagem de densidade aumentada no interior do seio maxilar esquerdo, compatível com espessamento da mucosa sinusal, com bolhas de ar de permeio (sinusite aguda).

 

Imagem de densidade aumentada no interior de ambos os seios maxilares (adjacentes às suas paredes), de aspecto pendular, compatível com polipose sinusal.

 

Imagem radiopaca arredondada, bem delimitada, projetada no seio maxilar esquerdo, compatível com fenômeno de retenção de muco.

 

TUMORAL

Imagem de densidade mista (radiopaca/radiolúcida) circunscrita e associada ao dente 18 (não irrompido), com rechaçamento das paredes inferior e posterior do seio maxilar direito; o seu limite mais superior apresenta radiopacidades mais intensas, sugerindo mineralizações no interior da área lítica. Lesão que sugere aspecto tumoral.

 

Imagem hipodensa, homogênea que ocupa o seio maxilar do lado direito, com aumento de volume de suas paredes posterior e lateral, com expansão para o interior da cavidade nasal, causando a destruição das conchas nasais inferior e média ipsilaterais. Lesão que sugere aspecto tumoral. Fonte: Atlas de Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico para o Cirurgião Dentista. São Paulo: Santos, 2011.

 

TRAUMÁTICA

Fratura da parede lateral do seio maxilar direito, com imagem de densidade aumentada em seu interior, compatível com conteúdo sanguíneo.

 

COMUNICAÇÃO BUCO SINUSAL (fístula oroantral)

A comunicação buco sinusal é representada, radiograficamente, pela perda da continuidade de uma (ou mais) paredes do seio maxilar. Pode ocorrer frente a um acidente operatório (exodontia de elemento do arco superior, por exemplo), a um trauma, ou em casos de severa reabsorção da crista óssea alveolar, onde há fragilidade da parede inferior do seio maxilar.

 

Solução de continuidade (descontinuidade) da parede inferior do seio maxilar. O tracejado vermelho indica a passagem de ar entre o espessamento muco, em direção à área da comunicação.

 

Óssea (displasia fibrosa, fibroma ossificante e doença de Paget).

Imagem de densidade mista e aumento de volume em corpo e processo alveolar da maxila e corpo do osso zigomático ao lado direito. Há diminuição das dimensões do seio maxilar direito. Displasia Fibrosa.

 

Referências Bibliográricas

-Drumond JPN, Allegro BB, Novo NF, Miranda SL, Sendyk WR.  Evaluation of the Prevalence of Maxillary Sinuses Abdormalities through Spiral Computed Tomography. Int Arch Otorhinolaryngol. 2017 Apr; 21(2): 126–133. Published online 2016 Dec 16. doi: 10.1055/s-0036-1593834

-Capella LRC, Simoes AYR, Oliveira RJ in: Cabeça e Pescoço. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Capítulo 7 (Complexo Maxilomandibular e Lesões Odontogênicas). Pags. 343-382

 -Haetinger RG, Paes Jr AJO in : Cabeça e Pescoço. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Capítulo 4 (Nariz e Seios Paranasais. Pags. 133-232.

Comentários estão fechados.